domingo, 13 de outubro de 2013

Descubra o conteúdo dos banheiros químicos

A origem dos banheiros químicos data do ano de 1940 na Califórnia, onde um chefe operário decidiu criar algo que fizesse os operários perderem menos tempo no banheiro, uma vez que precisavam ir às docas para realizar suas necessidades.

Os banheiros químicos podem armazenar 264 litros de dejetos e seu funcionamento depende de uma reação química: um sanitarizante à base de amônia é misturado com água e desodorizante, que são colocados no vaso sanitário antes do uso. Essa reação tem como objetivo diminuir o mau cheiro através da dormência das bactérias, parando de produzir o gás metano.

Em média o banheiro químico pode ser utilizado 200 vezes (média que considera metade do público feminino e metade masculino). Mas esse valor pode variar conforme o gênero do público, o estilo do evento, e os fins da utilização (resíduo metabólico ou alimentar).

A reportagem também afirma que a higiene dos banheiros químicos é de responsabilidade de seus usuários.
Ela também traz um dado curioso que diz que o evento que reuniu o número recorde de banheiros químicos foi o Carnaval carioca de 2011, em que foram disponibilizados 13 mil cabines nas ruas.

 Estudo químico da reportagem

Os banheiros químicos são compostos pelos seguintes estruturas: a caixa de detritos e um tubo que liga a caixa de detritos ao meio externo.
A caixa de detritos é o local onde o indivíduo irá fazer as suas necessidades e onde se encontra a solução desodorizante. Essa mistura é responsável por adormecer as bactérias, e assim paralisar a sua produção de metano, gás que provoca o mau cheiro.
A química dos banheiros químicos encontra-se justamente nesse ponto, a solução colocada na caixa de detritos. Ela é uma solução aquosa com concentração de 5% de uma substância que realizará a desodorização. Um banheiro químico sem ser utilizado apresenta 20 litros dessa solução na caixa de detritos (cuja concentração, como foi dito, é de 5%). Já após o seu uso, a mistura apresentará o volume de 100 litros, sendo que 80 litros serão dos resíduos, 1 litro de desodorizante e 19 litros de água.
A substância desodorizante, por sua vez, é composta dos seguintes produtos: formol 37% (desinfetante e antisséptico), cloreto de diaquil dimetil amônio (bactericida), cloreto de aquil dimetil benzil amônio (bactericida) e sanitarizantes à base de amônia.
Essas substâncias são as responsáveis por matar ou apenas adormecer as bactérias, porém se utilizadas puras ou em grandes concentrações são prejudiciais a saúde dos seres humanos. Isso explica porque a sua concentração na solução aquosa desodorizante é de 5%.
Outro mecanismo importante para evitar o mau cheiro é o tubo de ventilação. Esse tubo liga a caixa de detritos ao meio externo. Sua função é retirar o oxigênio da caixa e eliminá-lo ao meio externo. Isso porque as bactérias se reproduzem mais rápido na presença de oxigênio.
Os tanques dos banheiros químicos suportam até 220 litros de resíduos, mas para que não haja nenhum vazamento, eles são utilizados até a marca que varia de 100 a150 litros. Após essa quantia a sujeira é sugada por um caminhão de sucção e os resíduos são encaminhados para uma estação de tratamento de esgoto. Quanto à cabine, esta é lavada com água e sabão, e já pode ser reutilizada.

Curiosidades sobre o banheiro químico

Como foi apresentado no resumo da notícia, os banheiros químicos foram criados em 1940, na Califórnia. Ele surgiu na área de construção de barcos, onde os operários tinham que ir até as docas para fazerem as suas necessidades, perdendo muito tempo. Para diminuir esse tempo desperdiçado nos banheiros, o chefe dos operários encomendou uma cabine de madeira, com um pequeno tanque, para ser colocado nos barcos. A ideia espalhou-se por toda a construção civil, pois era vista como uma forma de aumentar a produtividade.
A cabine do banheiro tem a base quadrada de lado 1,2 metros e sua altura é de 2,3 metros. E em média pesa 80 quilos. As paredes da cabine são feitas de fibra de vidro ou polietileno. Uma cabine feita por esse material pode durar até dez anos, se for devidamente utilizada.
Os banheiros químicos podem ser utilizados 200 vezes se seu público for metade masculino e metade feminino. Dessa forma, deve haver duas cabines para cada 500 pessoas. Porém se houver uma quantidade maior de mulheres e se o evento oferecer bebida alcoólica, esse número deve aumentar 13%, uma vez que estes demoram mais no banheiro. Após atingir o seu limite de uso, a caixa de detritos expandirá o seu conteúdo para o restante da cabine (uma vez que não tem mais local para a sua armazenagem).
Como já foi mencionado, o evento que mais reuniu banheiros químicos foi o Carnaval carioca de 2011, seguido pela posse do presidente dos Estados Unidos, Obama em 2009. Tal evento ofereceu ao público 7 mil cabines. A quantia de resíduos coletada nesses banheiros daria para encher uma piscina olímpica e ainda sobrariam 10 mil litros.
A quantidade de cabines e a sua higiene dependem de quem a utiliza. Em um evento musical de duração de quatro horas e que receba 10 mil, por exemplo, o ideal é que seus organizadores disponibilizem 50 cabines para esse público. Porém provavelmente ao fim do evento, elas estarão completamente sujas, uma vez que nesses eventos não há uma preocupação e um cuidado com a higiene do local. Já os funcionários da construção civil,por exemplo, são mais cuidadosos com a limpeza do local, uma vez que é o único meio de fazerem as suas necessidades durante o expediente. Nesse caso, os banheiros são utilizados em média por dez funcionários com jornadas de 40 horas e ficam até uma semana sem manutenção.

Fonte da notícia:

Revista Super Interessante, edição de março de 2012. Autora: Helena Dias, retirado do
site:

Fonte da consulta:

Revista Mundo Estranho- edição de junho de 2012

Blog “Química habitual”

Integrantes do grupo - 2ª Série - Ensino Médio

Alex Sandro Barros Farias Júnior
Beatriz Cardoso Cerchiaro Vieira
Giulia  Severini Lazarini
  

Água em pó - possível resolução para a seca



A ONU afirma que a maior parte da água é utilizada na irrigação, por esse motivo diversos pesquisadores passaram a tentar encontrar uma forma de fazer com que essa água seja mais bem aproveitada, rendendo mais. Em agosto de 2013, muitas pessoas se empolgaram com a possibilidade de um novo produto com o potencial de superar o desafio de se cultivar em regiões áridas.

O produto é denominado de “Chuva Sólida” e é capaz de absorver enormes quantidades de água liberando-a aos poucos, podendo fazer com que as plantas sobrevivam em meio a uma seca. Um litro de água consegue ser absorvido por apenas dez gramas do material, que é um polímero (composto químico de elevada massa molecular, resultante de reações químicas) absorvente criado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Em 1970, o USDA desenvolveu um produto absorvente feito de um tipo de goma, que foi utilizado principalmente na fabricação de fraldas. Sérgio Jesus Rico Velasco, engenheiro químico mexicano, viu no produto um grande potencial que ia além de fraldas. Então, ele desenvolveu e patenteou uma versão diferente da fórmula, a qual poderia ser misturada com o solo para reter a água. Sérgio vem vendendo o produto no México há cerca de dez anos e o governo mexicano testou e concluiu que a colheita poderia ser ampliada em 300% quando misturado ao solo.

Estudo

O produto conhecido como “Água em pó” ou “Chuva sólida” consiste em 95% água, mesmo assim é um pó seco. Casa partícula do pó contém uma gotícula de água rodeada por sílica modificada (substância que compõe a areia da praia). Essa cobertura de sílica previne que as gotículas de água se combinem e formem um líquido, resultando em um pó fino que absorve gases que se combinam quimicamente com as moléculas de água para formar o que os químicos chamam de hidrato.

Segundo o cientista britânico Andrew Cooper, a concentração de água em cada grão do pó é equivalente a de uma melancia, podendo armazenar gases, como o dióxido de carbono (CO2). Em pesquisas de laboratório, Cooper também descobriu que o material poderia acelerar a produção de matéria-prima utilizada na fabricação de remédios, alimentos e outros bens de consumo. A água em pó também possui outros usos, como fornecer uma maneira mais segura de transportar e armazenar produtos químicos perigosos.

Opinião de especialistas

A água sólida funciona encapsulando a água o que pode durar entre oito e dez anos no solo, isso dependendo da qualidade da água, por exemplo, se ela for pura o tempo é maior. Segundo Edwin González, o vice-presidente da empresa “Chuva Sólida”, a água em pó é natural e não prejudica o solo, mesmo após anos de uso. Ele afirma que o produto não é tóxico e, ao se desintegrar, o pó se torna parte das plantas.

Linda Chalker-Scott, professora da Universidade do Estado de Washington, afirma que esse produto não é novidade e que não há evidências de que esse produto armazene a água por mais de um ano. Segundo ela, outro problema prático é que a água em pó pode gerar problemas, pois à medida que seca o produto vai sugando a água ao redor, desviando assim a água da raiz das plantas.

Por outro lado, Gonzáles possui uma opinião diferente. Ele diz que os outros concorrentes não duram de três a quatro anos, os únicos que duram tanto usam o sódio em suas fórmulas, mas não absorvem tanto. Gonzáles afirma que recebeu pedido de água sólida de locais áridos, como a índia e a Austrália e também do Reino Unido, local aonde a seca não chega a ser um problema.


Fontes:
http://www1.folha.uol.com.br/bbc/2013/08/1328763-agua-em-po-pode-tornar-a-seca-um-problema-do-passado.shtml
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADmero
http://gizmodo.uol.com.br/sim-existe-agua-em-po/
http://www.domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=667408
http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/bbc/2013/08/19/agua-em-po-pode-tornar-a-seca-um-problema-do-passado.htm

Resumo da aluna:
Vanessa dos Santos de Souza - 2ª série - Ensino Médio